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BNP Paribas Factor supports exports from domestic PMEs

According to its managers, BNP Paribas Factor, which is celebrating 30 years of activity in our country, plays a “relevant” in supporting the export activities of domestic companies.
In fact, export factoring has been one of the strongest investments made by the French bank’s Portuguese subsidiary, supporting Portuguese SMEs in their entry into new or high-risk markets through a series of integrated services aimed at managing and financing their activities.

(This news is ony available in Portuguese)
Em declarações à ‘Vida Económica’, Patrick de Villepin, Factoring Global Head do BNP Paribas, e Luís Pina Augusto, diretor do BNP Paribas Factor Portugal, defendem que o factoring « é uma opção interessante », dado que concede às empresas « uma maior liberdade de gestão da sua tesouraria » e « maior capacidade de adaptação » aos diferentes ciclos económicos.

A filial nacional do banco francês foi a primeira empresa de factoring criada no seio do grupo BNP Paribas e é hoje “um dos principais atores em factoring em Portugal”, assegura Patrick de Villepin.

O diretor-geral de factoring do grupo BNP Paribas afirmou que a filial nacional “financia, principalmente, pequenas e médias empresas e está bastante focada no apoio às exportações. Esta é a nossa génese desde o início, ajudar estas empresas a crescer e a apostarem nos mercados externos”.

Sendo uma das grandes apostas do BNP Paribas Factor, o factoring de exportação é um “importante apoio” às empresas exportadoras portuguesas, de qualquer dimensão e setor de atividade, na entrada em mercados novos ou de maior risco, através de um conjunto de serviços integrados na gestão e financiamento das exportações, dando-lhes acesso a uma liquidez para a atividade corrente, seguro de risco de crédito sobre clientes domésticos e internacionais e serviço de gestão e cobrança dos créditos sobre clientes.

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Há esquerda Patrick de Villepin acompanhado por Luís Pina Augusto nas comemorações dos 30 anos do BNP Paribas Factor em Portugal.

 

Questionado por que razão o factoring é hoje uma opção viável para muitas empresas e uma importante ferramenta de apoio às exportações, o Factoring Global Head do BNP Paribas explicou que esta “é uma opção interessante para as empresas porque se relacionada diretamente com a sua atividade. O que fazemos é avançar com os pagamentos das faturas, concedendo às empresas uma maior liberdade de gestão da sua tesouraria”.

Para além disso, acrescenta, “o factoring não é apenas um simples financiamento, inclui também uma componente significativa de um serviço que inúmeras empresas procuram: o outsourcing do seu departamento de recuperação de crédito. Tentamos juntar esta componente de apoio à recuperação dos créditos dos nossos clientes com a componente de financiamento. Esta junção das duas é muito interessante” pois, desta forma, “uma pequena empresa não terá a necessidade de contratar mais gente para assegurar a recuperação dos seus créditos”, o que lhe permite uma “maior capacidade de adaptação” aos diferentes ciclos económicos.

Completando as palavras de Patrick de Villepin, Luís Pina Augusto, diretor do BNP Paribas Factor Portugal, lembra ainda que o factoring “é uma garantia contra a insolvência porque todos sabemos que inúmeras PME fecham ou vão à falência por causa de fraudes e outros problemas de faturação. Ora, através do factoring as empresas beneficiam de seguros de crédito, sistemas de cobrança e prazos muitos curtos de concessão de financiamento, por vezes inferiores a 24 horas. Por isso, somos muito reativos e isso é algo muito interessante para as empresas que podem por vezes ficar em situações de grande fragilidade”.

“O factoring oferece a possibilidade de acompanhar o crescimento das empresas e a sua aposta nos mercados externos. Temos imensos clientes nacionais que exportam para muitos dos principais mercados europeus, mas também para inúmeros outros países menos habituais. Por vezes, as empresas não conhecem o mercado ou como recuperar os seus créditos e o factoring pode ser uma importante ajuda nessas situações”, pois, lembra o responsável, “pelo facto de pertencer a um grande grupo internacional e à Factors Chain Internacional (FCI), o BNP Paribas Factor pode intervir nos principais mercados internacionais e prestar serviços de factoring aos exportadores portugueses em mais de 82 países”.


Portugal é um país de “enorme importância” para o BNP Paribas Factor
 

Admitindo que o grupo aprendeu “bastante” ao longo das últimas três décadas, Patrick de Villepin lembrou que a empresa é hoje “um dos principais líderes em factoring e, defi nitivamente, o principal player internacional nesta área em Portugal”. “Temos uma posição no mercado muito interessante que nos permite estar sempre presente em qualquer tipo de pedido de proposta neste segmento. Este é também o reconhecimento pelo mercado da qualidade do nosso serviço ao longo destes 30 anos”, salienta.

Completando as palavras do Factoring Global Head do BNP Paribas, Luís Pina Augusto salientou que o grupo tem no nosso país um portfolio de crédito avaliado em “cerca de 400 milhões de euros”, distribuídos pelos diferentes setores de atividade, mas “sobretudo na indústria”, e adiantou que, por isso, “Portugal é um país de enorme importância” e um mercado “muito maduro” ao nível do factoring. Na verdade, acrescentou, o volume global de factoring no nosso país é equivalente a 14% do PIB nacional, um valor acima da média europeia de 10,5% e apenas abaixo de mercados como o Reino Unido e a Bélgica.

Ainda assim, o responsável internacional reconhece que a atividade do grupo no nosso país “sofreu com a crise”, tendo o mercado português “decrescido de importância” face a um mercado europeu que “reforçou a sua posição”. “Felizmente, após 10 anos o mercado está finalmente a recuperar, contudo o mercado global de factoring ainda não atingiu o nível anterior a 2008”, rematou.

Desafiados a perspetivar o que mudará no factoring nos próximos anos, face à crescente evolução tecnológica na área financeira, ambos os responsáveis admitem que as empresas de factoring terão que mudar e adaptar-se a esta disrupção.

“O mercado está em mudança e podemos dizer que existe hoje muita disrupção devido à inovação e o futuro do factoring vai ser definitivamente muito diferente do passado, por causa dos novos players no mercado, as fintechs, pequenas empresas com muitas ideias novas”, explica Patrick de Villepin. Admitindo que “muito já mudou e muito ainda vai mudar”, o diretor geral de factoring do grupo BNP Paribas assume a crescente necessidade de as empresas de factoring “identificarem o mais rapidamente possível as necessidades de financiamento dos clientes, pois isso é o verdadeiro oxigénio para a sua tesouraria. Por isso, mais que as 24 horas, queremos que seja possível aos nossos clientes terem o dinheiro na sua conta num prazo máximo de 2 ou 3 horas, mas existe ainda muito trabalho a fazer para chegarmos a esse ponto pois necessitamos de algoritmos, meios digitais, automação completa do processo. É nisso que estamos a trabalhar hoje”, revela.

FERNANDA SILVA TEIXEIRA - Vida Económica

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